Cada rodada que passa deixa mais claro que o Inter está perdendo o ano de 2012. Só tinha o Brasileirão no segundo semestre com que se preocupar, poderia ter-se preparado para tentar vencê-lo como não acontece desde 1979. Porém, uma roda-viva de equívocos vai consumando nos domingos e quartas-feiras a perda da temporada. O episódio mais recente foi a derrota para o Fluminense neste domingo. Um fato específico do segundo tempo pode ser considerado o emblema de que pouco ou nada há por fazer.
Quando o volante Bolatti entrou para ser atacante, não houve mais o que pudesse ser feito para que o Inter marcasse um mísero gol e pelo menos empatasse com o Fluminense compacto de Abel Braga. Diferente de quando enfrentou o Grêmio em Porto Alegre, se enchiqueirou e levou 1×0, desta vez o treinador do time carioca preservou alternativas ofensivas e foi com uma jogada de Wellington Nem, melhor em campo, e conclusão de Fred que marcou o gol da vitória. Dagoberto de novo jogou muito longe do gol adversário, Cassiano não está pronto como de resto não está Mike, alternativa do segundo tempo. Porém, pergunta inevitável, o que mais poderia Fernandão fazer ? Seus dois atacantes titulares estavam servindo suas seleções. O reserva Rafael Moura mal chegou e teve lesão muscular. Dátolo mostrou previsível falta de ritmo de jogo, Fred sozinho não sustentou o setor. No atual time do Inter, quem não está lesionado volta de uma sucessão de lesões. Quem não está em nenhuma destas situações está suspenso, caso de D’Alessandro. Houve vaia do torcedor, a paisagem do Beira-Rio hoje em dia é desoladora. Na derrota de hoje, combinemos, Fernandão é o último dos culpados.
O erro fulcral da temporada colorada está fora do campo. Há lesões demais, há preparo físico de menos. Nenhum dos treinadores do ano conseguiu reunir na plenitude da condição física seu suposto time ideal. O Inter amontoou erros de avaliação, de critério, de estratégia e está pagando este rosário de equívocos na forma de um ano perdido. Ganhou o Gauchão.
Ponto.
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