Confusão começou aos 18 minutos do segundo tempo,
sábado, no Beira-Rio Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia
RBS
Guilherme Becker
Depois de o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) colocar sub judice
a partida entre Inter e Palmeiras — vencida pelo Inter por 2 a 1, sábado, no
Beira-Rio —, o procurador geral da entidade é categórico ao afirmar como irá
encarar o processo: votará contra a impugnação do confronto.
Domingo, Paulo Schmidt declarou que a chance de mudanças no resultado é pequena. Nesta terça, em entrevista a ZH, manteve a opinião.
— A Procuradoria vai opinar contra a impugnação. Não vejo nenhuma prova suficiente para contradizer a palavra da arbitragem em uma decisão tomada pelo árbitro — ressaltou.
Durante a partida, o atacante palmeirense Barcos marcou um gol com a mão após cobrança de escanteio, aos 18 minutos do segundo tempo. Após validar o gol — que levaria o time paulista ao empate —, o árbitro Franciso Carlos Nascimento anulou o lance.
O Palmeiras argumenta que a anulação ocorreu por influência externa à arbitragem, o que não é permitido pela regra. Nessa segunda, o clube entrou com o pedido de impugnação da partida na segunda-feira. No documento, o clube pede a anulação completa da partida, com a realização de uma nova, e não somente a validação do gol de Barcos e o reconhecimento do empate.
STJD pede manifestação de Inter e de árbitros e coloca pontos da partida contra o Palmeiras sub judice
Zero Hora — Domingo, o senhor declarou que a chance de defesa do Palmeiras é pequena. E, atualmente, mantém esse raciocínio?
Paulo Schmidt — O procedimento vai ser julgado. A chance é pequena. Eu vou opinar contra a impugnação. Já vou adiantar agora. Pode publicar. A Procuradoria vai opinar contra a impugnação. Não vejo nenhuma prova suficiente para contradizer a palavra da arbitragem em uma decisão tomada pelo árbitro. Agora, essa coisa de não homologar o resultado é procedimento padrão (em casos de processo).
ZH — Isso ocorre devido à dúvida de como foi feita a marcação/anulação do lance, depois de marcado, correto?
Schmidt — É o que está sendo discutido. Se houve violação da regra, o que na minha opinião não há prova testemunhal em que se consegue, efetivamente, uma prova que possa vir a anular a partida.
ZH — O STJD tem atuação intensa nos últimos anos, mas, se não estou enganado, a não aquelas 11 partidas de 2005, não me recordo de outra que tenha sido anulada.
Schmidt — Teve um Vasco x Brasilianse. Na verdade, Brasiliense x Vasco. Faz muito tempo.
ZH — O Palmeiras argumenta que houve atuação externa na decisão do árbitro. E no que isso, caso provado, poderia resultar?
Schmidt — Eu não sei porque ainda não vi o pedido. Mas são três hipóteses: ou joga de novo, ou modifica o resultado ou permanece tudo como está. Só tem essas três hipóteses. Não sei qual o pedido do Palmeiras porque ainda não recebi. O que eu posso adiantar é que, independentemente do que o Palmeiras está pedindo e das provas que está apresentando, o que não tem nenhuma novidade, a Procuradoria vai se manifestar contra essa anulação.
ZH — O lance capital do jogo é ilegal. É um toque de mão para dentro do gol. O STJD pensa em conversar com a Comissão de Arbitragem para ver o que de fato aconteceu com o árbitro no lance?
Schmidt — Eu já recebi da CBF a informação oficial, que foi a primeira coisa que pedi. Recebi da Comissão Nacional de Arbitragem, que consultou o sexteto logo depois da partida, e que tem a informação oficial de que quem informou o árbitro — e de que o gol foi ilegal — foi o quarto árbitro. Então, o árbitro agiu dentro da regra.
ZH — Pode acontecer de o árbitro, durante uma partida, não ver o lance, mesmo estando bem próximo.
Schmidt — Lógico. É um trabalho em equipe. Há um sexteto de arbitragem, tem os árbitros auxiliares, o quatro árbitro... É uma equipe. Aí dizem "ah, não pode ter a TV". Se fala muita coisa que não pode e nem se diz nada. Não há uma linha dizendo o que não pode (falar).
ZH — Pois é, mas e se pegarmos outro jogo, em um exemplo aleatório, Fluminense x Náutico, em que houve um pênalti claro favorável ao Náutico, aquele lance também não seria passível do Náutico reclamar e pedir a anulação do jogo, já que pode comprometer a pontuação do Campeonato Brasileiro?
Schmidt — Para você pedir a impugnação, para você requerer a impugnação, tem que provar que houve um erro de direito. Erro de direito é uma violação da norma, uma interpretação equivocada da norma, por desconhecimento ou corrupção ou qualquer outra coisa. Então, a interpretação equivocada de um fato é um erro de fato, não é suficiente para anular nada.
ZH — O senhor é favorável à implantação da tecnologia no futebol, seja por recurso de TV ou chipe na bola, por exemplo?
Schmidt — Se os meios de tecnologia forem seguros, como chipes, acho que são bastante interessantes. São meios rápidos e eficazes que corrigem problemas sérios, como bola que entrou por fora ou que ultrapassou ou não ultrapassou a linha. Acho esse recurso bastante interessante. Agora, parar o jogo para ouvir quem viu, quem não viu, na TV, replay... É complexo e mais difícil de admitir por não trazer muita segurança.
Domingo, Paulo Schmidt declarou que a chance de mudanças no resultado é pequena. Nesta terça, em entrevista a ZH, manteve a opinião.
— A Procuradoria vai opinar contra a impugnação. Não vejo nenhuma prova suficiente para contradizer a palavra da arbitragem em uma decisão tomada pelo árbitro — ressaltou.
Durante a partida, o atacante palmeirense Barcos marcou um gol com a mão após cobrança de escanteio, aos 18 minutos do segundo tempo. Após validar o gol — que levaria o time paulista ao empate —, o árbitro Franciso Carlos Nascimento anulou o lance.
O Palmeiras argumenta que a anulação ocorreu por influência externa à arbitragem, o que não é permitido pela regra. Nessa segunda, o clube entrou com o pedido de impugnação da partida na segunda-feira. No documento, o clube pede a anulação completa da partida, com a realização de uma nova, e não somente a validação do gol de Barcos e o reconhecimento do empate.
STJD pede manifestação de Inter e de árbitros e coloca pontos da partida contra o Palmeiras sub judice
Zero Hora — Domingo, o senhor declarou que a chance de defesa do Palmeiras é pequena. E, atualmente, mantém esse raciocínio?
Paulo Schmidt — O procedimento vai ser julgado. A chance é pequena. Eu vou opinar contra a impugnação. Já vou adiantar agora. Pode publicar. A Procuradoria vai opinar contra a impugnação. Não vejo nenhuma prova suficiente para contradizer a palavra da arbitragem em uma decisão tomada pelo árbitro. Agora, essa coisa de não homologar o resultado é procedimento padrão (em casos de processo).
ZH — Isso ocorre devido à dúvida de como foi feita a marcação/anulação do lance, depois de marcado, correto?
Schmidt — É o que está sendo discutido. Se houve violação da regra, o que na minha opinião não há prova testemunhal em que se consegue, efetivamente, uma prova que possa vir a anular a partida.
ZH — O STJD tem atuação intensa nos últimos anos, mas, se não estou enganado, a não aquelas 11 partidas de 2005, não me recordo de outra que tenha sido anulada.
Schmidt — Teve um Vasco x Brasilianse. Na verdade, Brasiliense x Vasco. Faz muito tempo.
ZH — O Palmeiras argumenta que houve atuação externa na decisão do árbitro. E no que isso, caso provado, poderia resultar?
Schmidt — Eu não sei porque ainda não vi o pedido. Mas são três hipóteses: ou joga de novo, ou modifica o resultado ou permanece tudo como está. Só tem essas três hipóteses. Não sei qual o pedido do Palmeiras porque ainda não recebi. O que eu posso adiantar é que, independentemente do que o Palmeiras está pedindo e das provas que está apresentando, o que não tem nenhuma novidade, a Procuradoria vai se manifestar contra essa anulação.
ZH — O lance capital do jogo é ilegal. É um toque de mão para dentro do gol. O STJD pensa em conversar com a Comissão de Arbitragem para ver o que de fato aconteceu com o árbitro no lance?
Schmidt — Eu já recebi da CBF a informação oficial, que foi a primeira coisa que pedi. Recebi da Comissão Nacional de Arbitragem, que consultou o sexteto logo depois da partida, e que tem a informação oficial de que quem informou o árbitro — e de que o gol foi ilegal — foi o quarto árbitro. Então, o árbitro agiu dentro da regra.
ZH — Pode acontecer de o árbitro, durante uma partida, não ver o lance, mesmo estando bem próximo.
Schmidt — Lógico. É um trabalho em equipe. Há um sexteto de arbitragem, tem os árbitros auxiliares, o quatro árbitro... É uma equipe. Aí dizem "ah, não pode ter a TV". Se fala muita coisa que não pode e nem se diz nada. Não há uma linha dizendo o que não pode (falar).
ZH — Pois é, mas e se pegarmos outro jogo, em um exemplo aleatório, Fluminense x Náutico, em que houve um pênalti claro favorável ao Náutico, aquele lance também não seria passível do Náutico reclamar e pedir a anulação do jogo, já que pode comprometer a pontuação do Campeonato Brasileiro?
Schmidt — Para você pedir a impugnação, para você requerer a impugnação, tem que provar que houve um erro de direito. Erro de direito é uma violação da norma, uma interpretação equivocada da norma, por desconhecimento ou corrupção ou qualquer outra coisa. Então, a interpretação equivocada de um fato é um erro de fato, não é suficiente para anular nada.
ZH — O senhor é favorável à implantação da tecnologia no futebol, seja por recurso de TV ou chipe na bola, por exemplo?
Schmidt — Se os meios de tecnologia forem seguros, como chipes, acho que são bastante interessantes. São meios rápidos e eficazes que corrigem problemas sérios, como bola que entrou por fora ou que ultrapassou ou não ultrapassou a linha. Acho esse recurso bastante interessante. Agora, parar o jogo para ouvir quem viu, quem não viu, na TV, replay... É complexo e mais difícil de admitir por não trazer muita segurança.
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