domingo, 24 de março de 2013

Polícia indicia 16 por incêndio na boate Kiss.



A Polícia Civil indiciou, nesta sexta-feira (22), 16 pessoas pelo incêndio na 
boate Kiss, em Santa Maria (RS). A tragédia ocorreu em 27 de janeiro e deixou 241 mortos e mais de 600 vítimas. Nove pessoas foram indiciadas por homicídio com dolo eventual (quando se assume riscos): o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, o produtor do grupo, Luciano Bonilha Leão, os sócios da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, a mãe e a irmã de Spohr, Marlene Teresinha Callegaro e Ângela Callegaro, o gerente da boate, Ricardo de Castro Pasche, além de dois bombeiros vistoriadores da boate, Gilson Martins Dias e Vagner Guimarães Coelho.     

Dois secretários municipais, Miguel Caetano Passini (Mobilidade Urbana) e Luiz Alberto Carvalho Junior (Meio Ambiente), foram indicados por homicídio culposo, quando não há intenção. O funcionário da Secretaria de Finanças que emitiu o alvará da boate,  Marcus Vinicius Bittencourt Biermann, e o chefe de fiscalização da Secretaria de Mobilidade, Beloyannes Orengo de Pietro Júnior, também foram indiciados por esse crime. 
Dois bombeiros, Gerson da Rosa Pereira e Renan Severo Berleze, produziram documentos sobre o alvará da boate após a tragédia, segundo a polícia, e foram indiciados por fraude processual. Elton Cristiano Uroda, ex-sócio da boate, foi indiciado por falso testemunho. 
Ao todo, o inquérito policial apontou 28 pessoas como responsáveis pela tragédia. Entre elas, estão o comandante do Corpo de Bombeiros da região, tenente-coronel Moisés Fuchs, e o prefeito da cidade, Cezar Schirmer, que não foi indiciado por homicídio culposo por ter foro privilegiado. O caso será remetido ao Tribunal de Justiça de Rio Grande do Sul. Dez pessoas devem ser investigadas por improbidade administrativa.  
Bombeiros que realizaram o resgate também responderão por falhas, porque, segundo o delegado Sandro Meinerz, o local deveria ter sido isolado logo após a chegada das autoridades, para evitar que pessoas que já tinham saído do prédio em chamas entrassem novamente nele. "Os bombeiros poderiam ter feito mais e melhor", disse a jornalistas. Os indicativos de responsabilidade serão enviados à Justiça Militar. 
O inquérito tem mais de 13 mil folhas. Durante 55 dias, a Polícia Civil ouviu mais de 800 pessoas, entre investigados, testemunhas e familiares de vítimas. A investigação será entregue ao Ministério Público, que decidirá se denuncia (acusa formalmente) os indiciados

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