quarta-feira, 12 de junho de 2013

Namorados


Namorados
O Dia dos Namorados é uma data especial e comemorativa na qual se celebra o namoro entre casais. Na maioria dos países este dia é comemorado em 14 de fevereiro, Dia de São Valentim, mas no Brasil a data é comemorada no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, também conhecido pela fama de "casamenteiro".
Mas a origem é ainda mais antiga, seria em homenagem aos deuses Juno e Lupercus, conhecidos como os protetores dos casais.
No dia 15 de fevereiro, era realizada uma festa a estes deuses, agradecendo a fertilidade da terra. Os rapazes colocavam nomes de moças em papeizinhos para serem sorteados. O papel retirado seria o nome de sua futura esposa.
Como muitos casais apaixonados eram impedidos por suas famílias de casarem-se, um padre de nome Valentino passou a realizar matrimônios às escondidas, quando os casais fugiam, para que não ficassem sem receber as bênçãos de Deus.
Assim o dia 14 de fevereiro passou a ser considerado o dia de São Valentim (Valentine’s Day), em homenagem ao padre, sendo comemorado nos Estados Unidos e na Europa como o dia dos namorados.
A divulgação da data no Brasil foi feita pelo empresário João Dória, que havia chegado do exterior. Representantes do comércio acharam uma ótima ideia para aquecer as vendas e escolheram o dia 12 de junho para ser o dia dos namorados aqui no Brasil, véspera do dia deSanto Antônio, o Santo casamenteiro.
Tenho minha amada e minha eterna namorada, a Iane. Companheira, amiga, amada e amante.
Construímos juntos uma família com lugar para “os meus, os teus e os outros”.
Mas hoje vou pedir uma especial permissão para minha querida mamãezinha, a Mafalda, para transcrever sua última crônica publicada aqui no site, onde ela revela que amor não tem idade.
Um beijo mãe, um beijo a todas as mães, um beijo a todos os namorados.

Dia dos Namorados sem Namorado

Nestes últimos seis anos é a primeira vez que não vou ganhar meu buquê de rosas vermelhas com um cartão dizendo “Ich liebe dich”. Nem por isso, vou deixar de contar uma linda história de amor. Mesmo porque não há nenhum trauma nisso. Estou sozinha por opção.
Em agosto de 2007, oito horas da noite, tocou o telefone. Era uma pessoa que eu conhecia há mais de sessenta anos. Queria contar que estivera visitando a nossa terra natal, Roca Sales. E queria também comunicar que ficara viúvo. Falava, falava e eu, que queria continuar meu jogo no computador, sugeri que nos encontrássemos no supermercado para almoçar. Seguidamente, eu o encontrava lá fazendo compras ou almoçando com a esposa. Depois do almoço, quis levar-me para casa, agradeci, pois ainda dirigia o meu carro.
Passou dez dias telefonando, convidando. Eu sempre dizendo não, porque, com 77 anos, achava ridículo sair por aí, namorando. Estou viúva desde 1968. Até que ele teve a brilhante ideia de me convidar para ir à Expointer. Lá almoçamos e passamos a tarde conversando. Ele conhece todos os meus parentes, é amigo de muitos, foi funcionário da empresa de minha família durante anos. Pensei, valeu a pena, foi uma tarde muito agradável.
Esperou uns dias e voltou à carga. Aceitei o jantar. Veio então a história de que se apaixonara desde a primeira vez que dançara comigo. Eu tinha dezessete anos e ele dezenove. Quando voltou do Rio de Janeiro, depois de fazer o Serviço Militar na Aeronáutica e ele tinha coragem de pedir a filha do patrão em namoro, não falou porque ela já estava noiva.
Quando disse esta frase, capitulei. “Um Ser superior nos fez nascer na mesma cidade e agora nos uniu para passarmos o resto da vida juntos”. Durante cinco anos, vivemos como se jovens fôssemos. Intensamente. Íamos a jantares dançantes e almoços no Grêmio Náutico União. Numa feijoada na Ilha do Pavão, fomos até aplaudidos depois de dançar New York New York. Uma vez, a diretora de um jornal de Tramandaí pediu para tirar uma foto do casal tão simpático e colocar no jornal. Publicou mesmo e me mandou um exemplar. Sempre íamos ao Jantar dos Cozinheiros na SAT e à Feira do Peixe. Em Porto Alegre, saíamos em dias alternados, frequentávamos todos os restaurantes da Zona Sul e fizemos amizade com os gerentes e funcionários. Ele telefonava nas outras noites para dar boa noite e dizer eu te amo, “guria”.
Faz um ano, comecei a cair. Tive uma pneumonia e fui hospitalizada. Saí do hospital com vinte quilos a menos, com disfagia, uma sonda gástrica e em cadeira de rodas. Ele continuou me visitando, telefonando todos os dias para perguntar quando iríamos para Tramandaí. Em janeiro deste ano, quando perguntou pela milionésima vez, quando iríamos ficar juntos novamente, decidi que devia fazê-lo cair na realidade. Já tirara a sonda e convidei-o para vir jantar comigo.
Quando chegou à noite, sorridente, com flores e uma garrafa de vinho cabernet que ele adora, tomei coragem e fui logo dizendo que ele devia cair na realidade. Que não era justo mantê-lo na ilusão de que eu poderia voltar a ser o que tinha sido naqueles anos. Que jamais voltaria à praia. Que embora já andando de bengala, não pretendia sair mais à noite. Que ele viesse aqui sempre e quando quisesse, mas se considerasse livre para optar por outro caminho. Ele não contestou, jantou como se não tivesse entendido, despediu-se, dizendo amanhã eu telefono.
O Ary sempre foi um homem fino, educado, gentil, daqueles que abre a porta do carro e puxa a cadeira para a dama. Foram cinco anos maravilhosos com flores, bombons e champanhe em que descontei meus quarenta anos de viuvez. Ele jamais teria argumentos para não aceitar minha decisão. Vivi uma linda e gratificante estação de amor com minha paixãozinha outonal.
Desde então nunca mais apareceu, nem telefonou às vinte horas para dizer boa noite e “Ich liebe dich”. Às vezes sinto saudades, quando me lembro daquele homem de 85 anos naquela casa enorme e vazia. Mas penso que todo passarinho, mesmo em gaiola de ouro, sente-se preso, não está plenamente feliz e é preciso abrir a portinha para ele poder voar se quiser...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Casa no Jardim Porto Alegre.

Imobiliária Brasil Prime, CRECI J 6380. Vende Casa Localizada no Jardim Porto Alegre. Cód. 430 Valor R$ 500.000,00. Com aproximadamente 17...