terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Beto x Gleisi.

Dois temas se destacaram nas entrevistas: 
1) as dificuldades enfrentadas pelo Paraná para a liberação de empréstimos dependentes de aval da União; e 
2) o desempenho da administração estadual.
Beto: Sobre os empréstimos, o governador se mostrou queixoso e debitou à conta dos três ministros paranaenses (Gleisi Hoffmann, Casa Civil; Paulo Bernardo, Comunicações; e Gilberto Carvalho, Secretaria-geral da Presidência) o sofrimento para liberar os R$ 3,5 bilhões de financiamentos pleiteados pelo governo. Um dos empréstimos, do programa Proinveste, no valor de R$ 870 milhões, só saiu, disse Richa, porque falou diretamente com a presidente Dilma Rousseff em Curitiba e em Brasília. Com três ministros, o governo do Paraná “precisava ir até a presidente para liberar?”, perguntou.
Gleisi deu a resposta: “Eu lamento que tente justificar a incapacidade e a incompetência administrativa do governo e do chefe do Executivo colocando a culpa em outras situações e outras pessoas”. Segundo a ministra, o estado não conseguiu os empréstimos porque estava com pendências cadastrais e porque não respeitava a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O que faltou, afirmou, foi gestão financeira do governo do estado.
Beto Richa contradiz a ministra com a pergunta que teria dirigido a Dilma durante a carona que pegou no carro da presidente numa visita a Curitiba: “quem não tem alguma dificuldade ou irregularidade?”, lembrando o caso do Rio Grande do Sul que, embora estivesse em situação muito pior, obteve todos os financiamentos que quis.
Richa reconhece as dificuldades financeiras que o estado enfrenta. Contas atrasadas, que serão pagas até janeiro (“por aí”), se devem a dois fatores principais: à arrecadação que caiu em razão das desonerações de impostos determinadas pelo governo federal; e à antecipação de investimentos que só seriam feitos após a liberação dos empréstimos.
Gleisi contesta: o Paraná é um estado rico e pujante e o que faltou ao governo estadual foi promover as “concertações necessárias para ampliar o potencial de desenvolvimento”. Deixou de pagar em dia os fornecedores; não estimulou a micro e pequena empresa; não reviu sua política de substituições tributárias; e não enfrentou a questão dos pedágios. E mais: “Talvez pudéssemos [os três ministros] fazer mais se não tivéssemos um vazio, um deserto de propostas no governo do Paraná”.

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