segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Leitura de nomes de vítimas da Kiss e ato ecumênico emocionam famílias.

Terminou com muita emoção a programação organizada para lembrar o primeiro ano do incêndio na boate Kiss, emSanta Maria. Um ato na Praça Saldanha Marinho começou com a leitura dos nomes de todas as 242 vítimas, seguida do som de tambores. Em seguida, um ato reuniu representantes de várias religiões, com mensagens de conforto e música. A tragédia completou um ano nesta segunda-feira (27).
Quem começou a leitura dos nomes foi o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Alves Ferreira, que perdeu a filha Jennefer. Outros integrantes da associação também participaram da leitura e não contiveram a emoção. Familiares e amigos que estavam acomodados na praça se dividiam entre lágrimas e palmas em homenagem.
A dona de casa Marise Dias de Oliveira, de 50 anos, prestava homenagem ao filho Lucas Dias, que morreu aos 20 anos. “Se já não bastasse a dor, ainda tenho de enfrentar o sentimento de impunidade”, lamentou, durante o ato.
Logo após a leitura, um pastor subiu ao palco, junto com meninos do Grupo Jovem Coração, que levaram cartazes formando frases. Em seguida, eles desceram do palco e abraçaram familiares que estavam na praça.
Em seguida, foram chamados os representantes das várias religiões para a celebração. Música e leituras da Bíblia marcaram o ato. Uma das sobreviventes da tragédia, Kelen Ferreira, foi chamada para fazer a leitura do Evangelho durante o ato. Também houve a leitura de uma mensagem para todas as famílias.
Em meio ao silêncio da praça, suspiros e lágrimas puderam ser ouvidos entre os presentes. Em voz baixa, uma mulher pedia: "Justiça, Justiça, Justiça", repetia, chorando muito. Em grupos, os familiares levaram os cartazes das vítimas, se abraçaram e se consolaram durante o ato.
Um dos presentes era Roger Azambuja, que foi à Praça Saldanha Marinho para homenagear quatro amigos vestindo uma camiseta usada por jogadores do Inter para lembrar o incêndio, no ano passado.
Também estiveram presentes professores dos alunos que morreram no incêndio. Na madrugada da tragédia, uma festa universitária era realizada na boate Kiss. O professor de medicina de equinos Flávio Delacorte, 49 anos, foi até a Praça Saldanha Marinho homenagear o ex-aluno Jacob Francisco Thiele, 22 anos. “Ele me visitou na noite do dia 26 de janeiro de 2013. Tinha um futuro brilhante”, lamentou o professor.

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