sábado, 7 de junho de 2014

Os heróis não morrem jamais...

Fernandão foi um herói desde o começo. Pisou no gramado do Beira-Rio e, de vermelho vivo, no primeiro Gre-Nal, quando ainda tateava o Beira-Rio, marcou o gol mil do clássico. Foi seu cartão de visita em tarde de vitória. Mas não era quase nada, a hegemonia regional era apenas o aquecimento.
O melhor estava guardado para o futuro, um amanhã que nem o mais otimista dos colorados poderia imaginar na metade da primeira década do século passado.
Fernandão, 36 anos, que morreu num desastre de helicóptero na área do gigantesco Rio Araguaia, em Goiás, na madrugada deste sábado, sete de junho, cinco dias antes da abertura da Copa do Mundo do Brasil, seria o Capitão América da primeira Copa Libertadores.
Mais?
Sim. A gloria latina não o sustentou.
Foi o Capitão do Mundo, quando o Inter conquistou o título do Mundial de Clubes da Fifa, em Yokohama, nas cercanias de Tóquio, numa fria manhã japonesa de dezembro de 2006. Nunca mais Fernandão se despiria destas duas faixas. Elas colaram no seu peito como tatuagens de uma nação. Mesmo no seu curto período como dirigente e treinador, era a imagem do capitão que animava os torcedores. As lembranças eram sempre as melhores possíveis. Fernandão vendia a imagem do campeão mundial.
Fernandão não pode ser apontado como o melhor jogador da história do Inter. Mas ele está, fácil, entre os mais importantes. O atacante liderou o time no processo que fez o clube atravessar as fronteiras do Brasil, conquistar o continente, levantar a bandeira colorada no Japão, no mais importante jogo da centenária história do Inter. As conquistas têm a sua marca, a liderança, a determinação, a perseverança.
Fernandão foi um dos mais importantes agentes desta transição. O Inter do começo do século 21 pode ser medido antes e depois da chegada de Fernandão. Ele liderou um grupo histórico. Foi um dos heróis colorados. Os heróis não morrem jamais. A imagem do capitão erguendo a taça da Fifa depois da final contra o Barcelona é a foto de uma vida inteira.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/inter/noticia/2014/06/luiz-zini-pires-os-herois-nao-morrem-jamais-4520982.html

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