quarta-feira, 15 de maio de 2013

As vantagens de ter um estádio “atrasado”.




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Acredito que não seja novidade para ninguém que no início do projeto “Gigante para Sempre” a previsão de entrega do estádio era para o mês passado, Abril de 2013, junto com os demais estádios que sediarão a Copa das Confederações. Devido aos mais diversos fatores, tivemos a obra paralisada por 6 meses.
Mas nem tudo são problemas. Espero que a maioria da massa possa ser otimista como eu e possamos ver algumas vantagens nisso tudo. E pra começar, não precisamos nem ir muito longe, só trocar de bairro em Porto Alegre.
Nosso clube irmão da Cidade enfrenta diversos problemas com sua parceria no novo estádio. Sendo o pior deles a síndrome de Europeu.
Para começar, ingressos de R$80 a R$160. Como um pai com dois filhos faz para ir ao jogo? E se a patroa quiser ir também? Mesmo que todos sejam sócios com desconto, teria que gastar no mínimo R$160, sem contar as demais despesas, como os R$30 do (péssimo) estacionamento. Eu até acredito que não há muitas saídas para o ingresso, pois aonde há pouca oferta (lugares limitados a 50 mil) e grande demanda, o preço sobe. Mas é preciso “cuidar” do associado. Promoções para família, ingressos populares e etc. O clube precisa pensar nisso.
Mas a síndrome não para por aí. Como todo bom país Europeu, se tem muito frio. E claro, quem vai tirar a camisa com os 0 °C da Alemanha? Ou os -5 °C da França? Pois é, parece que é assim que a OAS pensa e não deixa os torcedores do coirmão tirarem a camiseta ou ficarem de pé.
Isso é o mais absurdo dos abusos. Não somos Europeus, nós somos Brasileiros. Nós vivemos o futebol, não o assistimos.
Agora, subindo um pouco mais, chegamos ao Rio de Janeiro. Cidade maravilhosa, dos “petrodólares ” e das Olimpíadas. Depois de mais de 1 bilhão de reais investidos no estádio, inaugura-se o mesmo com uma pelada entre os trabalhadores da obra. Olha, é um orgulho jogar no Maracanã, mas o estado merecia um jogo de verdade, com todos estes trabalhadores na torcida, bem tratados como também merecem.
Isto é uma afronta ao povo fluminense. Mais de bilhões investidos e a falta de organização não permitiu uma reinauguração decente. Imagine um quadrangular entre os grandes do Rio? “Taça Novo Maracanã”? soa até legal.
Já vi que o clube está correndo atrás de um evento para a reabertura do estádio. Eu espero nada menos queUMA SEMANA de eventos no Beira-Rio. Amistosos, times das décadas passadas, shows e etc. Não precisa gastar um mar de dinheiro com pirotecnia. Chamar Fabiano Cachaça e sua trupe pra bater uma bola não pode ser caro. Fernandão, Falcão, Clemer, Abel Braga e cia também.
Chegando a Minas Gerais, o auge do problema: Inauguração do estádio SEM ÁGUA. Algo inimaginável, infelizmente, digno de Brasil.
Na inauguração da Fonte Nova, um dos meus projetos favoritos para a copa, podemos usar o primeiro bom exemplo: 700 orientadores ajudaram os torcedores a entrar no estádio. Aí meus caros, apesar de não ser todo novo nosso estádio, teremos vários acessos novos e eu vejo como crucial termos alguns orientadores.
Eu mesmo já utilizei destes quando fui assistir alguns jogos fora do Brasil. Aposto que até o macaco mais velho do Beira-Rio poderia se utilizar de alguns conselhos no novo estádio. Não que 700 orientadores precisem estar todo jogo, mesmo depois da SEMANA (hehehe) de inauguração. Eu só peço por alguns.
Orientadores por todo lado no estádio Olímpico de Berlin – Eduardo Fleck/2010
Também, não seria muito pedir um pouco de organização. Chega de ter a Brigada Militar andando a cavalo no entorno do estádio e cagando em cada acesso que temos. Chega de filas quilométricas, portões fechados e acessos interrompidos. Chega de carros passando entre as pessoas e estacionamentos lotados. Chega de cambistas e flanelinhas. Temos condições para isso, eu acredito na organização do clube. Só assim para chegarmos a uma média de ocupação boa.
Ainda temos alguns estádios parem serem inaugurados e utilizados durante esse ano. Muita coisa ainda vai rolar na copa das confederações e nos primeiros jogos do Brasileirão 2013. Espero que a BRIO (empresa criada pelo Inter e Ad. Gutierrez) estude com carinho o “modo” de se torcer no Brasil nestes novos estádios e possa fazer as modificações necessárias para o melhor uso desse que é o nosso maior patrimônio físico: O Gigante da Beira Rio.
Gramado verdinho e cobertura subindo! – Divulgação Inter/AG
Por EDUARDO FLECK

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